segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O MAPA DA VIOLÊNCIA ENTRE OS JOVENS



Quase 50 jovens são assassinados todo dia no Brasil. Os estudos mostram que o número de jovens vítimas de homicídio cresceu quase cinco vezes e meia nos últimos 20 anos.


"O filho que perde um pai é órfão de pai. O filho que perde uma mãe é órfão de mãe. E a mãe que perdeu um filho, é o quê? Não existe nem palavra para definir a mãe que perde um filho", aponta a mãe de jovem desaparecido Maria Elza El Matite.


Só no ano passado, foram 17.163 homicídios de jovens com idades entre 15 e 24 anos. É quase a média anual de mortos na guerra civil que terminou em 2002 em Angola, na África.


No Brasil, de 1995 para cá, são 296.622 mortes de jovens por causas violentas. Nas últimas décadas, as mortes no trânsito quase dobraram, passaram de oito mil, mas foram superadas - de longe - pelos homicídios, que chegam perto de 18 mil em um único ano.


"Eu tive que vender chiclete no sinal para pagar o caixão, o enterro do meu filho", conta a mulher.


Mas existem lugares no Brasil em que o número de jovens assassinados atinge níveis ainda mais alarmantes. Municípios em que as taxas são três, até quatro vezes maiores do que a média nacional, que já é considerada alta demais.

"Os jovens da comunidade aparecem como jovens violentos. Mas isso não é verdadeiro. Tínhamos em uma comunidade, que alberga entre 18 e 21 mil jovens, de 14 a 25 anos, e eu cheguei a contar, pessoalmente, 87, 88 jovens envolvidos diretamente com a violência", contabiliza o sociólogo (UFPE) Alexandre Freitas.

http://www.redejovem.org.br



RAÇA E SEXO:

O estudo apontou risco 2,6 vezes maior de ser assassinado para adolescentes negros em relação a jovens brancos nos municípios pesquisados.


A pesquisa indicou ainda que o risco de adolescentes homens morrerem vítimas de homicídio é cerca de 12 vezes maior do que ao de jovens mulheres e que a probabilidade de homicídio por armas de fogo é três vezes maior do que qualquer outro meio.


"Os resultados do estudo só reforçam a necessidade de implementação e expansão de programas e ações para a educação e promoção dos direitos de crianças e adolescentes em todo o País", afirmou a Unicef.


Temas abordados no encontro do dia 02 de agosto.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=20816280

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