quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Valor de Um Homem



Estamos vivendo momentos difíceis. O ser humano é classificado pelo que possui ou o que faz. As guerras são cada dia mais frequentes entre os povos e etnias do mundo inteiro. Milhares de pessoas são tratadas como meros objetos de marketing (propaganda). Nos grandes centros urbanos, somos apenas números nas estatísticas. Para os meios de comunicação, valemos apenas para contar ibope ou audiência.


Nações se digladiam por causa de riquezas e, nessa luta, milhares de vidas são ceifadas, inclusive as de crianças que não entendem o que se passa. Aos olhos do mundo; valemos muito pouco. Com exceção de alguns privilegiados, porque fizeram alguma coisa extraordinária, (Construíram aviões, descobriram o telefone, nadaram mais rápido que todos etc.), ou porque possuíram muitos bens (Onassis, Bill Gates,…), ou ainda por se destacarem na política ou nas artes (Kennedy, Di Cavalcante, Elvis Presley,entre outros) ,que são valorizados pelo mundo.

Certa ocasião Albert Einstein disse: “O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego”. Mas esse conceito está a milhares de quilômetros de ser encarado como real pelo mundo em que vivemos… Um químico inglês chamado Charles, realizou estudos sobre o valor químico do ser humano e chegou as seguintes conclusões:

1- Com a gordura do corpo de um homem, normalmente constituído, daria para fabricar sete sabonetes;

2 – Se tirássemos todo o açúcar contido no corpo humano, seria o suficiente para adoçar apenas uma xícara de café;

3 – O ferro no nosso corpo daria para ser derretido e ,com ele , faríamos apenas um prego médio;

4 – O fósforo existente em nosso organismo, daria para preencher as cabeças de duzentos palitos;

5 – Com o magnésio de nosso corpo, daria para fazer uma fotografia.

Todos esses dados químicos somados e transformados em moeda corrente no país daria o valor total de R$ 8,00 (oito reais). Isso mesmo, esse é o valor químico do corpo humano.



Mas, qual seria o valor do ser humano diante de Deus?

A Bíblia tem sido categórica em dizer:

1 – “nós somos pó…”- Gênesis 3:19 ou “Somos barro” – Isaias 64:8

2 – Fomos criados um pouco menor que os anjos e coroados de glória e de honra. – Salmo 8:4 e 5

3 – O pecado nos fez perder o valor espiritual que Deus nos concedeu. Isaias 59:2

4 – Estamos destituídos da glória de Deus – Romanos 3:23



AFINAL, qual seria o valor de nossas vidas diante de Deus?



1 – Deus provou o seu amor por nós, dando o seu Filho para morrer pelos nossos pecados. Romanos 5:8

2 – O preço pago pela nossa vida foi o sangue precioso de Jesus – I Coríntios 6: 20.

3 – Deus abençoou o nosso corpo com o seu Espírito Santo e nos tornou santuário seu. I Coríntios 6:19

4 – O corpo é tão importante para Deus que, ao morrermos, o Senhor nos ressuscitará para a eternidade com ele. – I Coríntios 4:14 e 6:14 e 1 Tessalonicenses 4:16.

Sabendo do valor que Deus nos atribuiu e do preço pago pela nossa vida é que devemos procurar glorificá-lo em nosso corpo. Nossa vida só fará sentido real se a vivermos para a glória de Deus. Nenhum dinheiro no mundo pode pagar o preço de uma vida. Deus já pagou o preço que nenhum tesouro na terra poderia pagar e, por essa razão, devemos confiar a nossa vida a Ele e nos entregarmos completamente ao propósito de sua vontade.

Que Deus nos abençoe.

FONTE: Ary Sérgio Abreu Mota

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Bíblia: a história de uma aliança


O que é a Bíblia?
É Um conjunto de 73 livros de vários autores, escritos em épocas e locais diferentes,
 durante mais de mil anos.


Certamente uma coleção literária com tais peculiaridades correria o risco de
dispersão no seu conteúdo. Por que isso não aconteceu? Porque há um fiocondutor,
uma idéia comum que perpassa todos eles,
do Gênesis, ao Apocalipse: a aliança entre Deus e os homens. Aliança é um acordo
entre duas partes que vale como um contrato escrito, mas a aliança bíblica não foi
assinada em nenhum documento, já que, no tempo dos  primeiros livros sagrados, a
comunicação era feita por meio da palavra falada. Uma vez que fosse pronunciada,
não podia ser anulada ou desmentida, e, quando se tratava de uma bênção, ou
maldição, ela acompanhava a pessoa a quem se dirigiam. Quando Deus criou o
homem, já o fez participante da aliança consigo. Por isso não consta um pacto
explícito de comunhão no relato da criação, visto que a semente do amor entre Deus
e a humanidade foi plantada no coração humano. Com a desobediência de Adão e
Eva, desfez-se o relacionamento original entre o criador e sua privilegiada criatura.
E, como foi rompido o vínculo pelo Pai, desaparece o laço da fraternidade e Caim
mata Abel. A partir daí o homem vive a tensão entre estar com Deus ou distanciar-se
dele. Porque o abismo do desamor foi crescendo, o mal foi minando todas as
realidades terrenas, até que Deus, depois de séculos, refaz a aliança do Sinai,
quando entrega a Moisés as tábuas da lei. Naquele momento, Javé falou: " voz
sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19, 6). O evento do
Sinai é a chave de leitura do antigo Testamento, narrativa da primeira aliança, que
prepara a definitiva - a nova aliança -, assinada com o sangue de Jesus no monte
Calvário. Estamos no mês da bíblia, e o nosso compromisso com a palavra de Deus
é viver, nesta sociedade de tanta desunião, a nossa aliança com ele, revelada na
fraternidade, sinel mais marcante do seu reino.
 
Fonte: Dom Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador

Guardar a palavra de Jesus



O evangelista João, definido como alguém saturado de revelação, põe nos lábios de Jesus uma palavra
muito apropriada, para nossa meditação neste mês da Bíblia: "Se alguém me ama, guardará a minha
palavra, e o meu pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não
guarda a minha palavra" (jo 14, 23-24).
Jesus é a palavra que se fez carne. Ele é para o mundo, a revelação do Pai: "Quem me vê, vê o Pai!" (jo 14, 9); é a presença do Deus único e inacessível: Deus feito visível e posto a nossa disposição! Toda atitude de Jesus é a revelação do Pai. Podemos contemplar toda a sua vida, adorando o mistério de Deus entre nós. Ele é o eterno que todos desejsmos do mais profundo do nosso coração. No seu rosto, contemplamos a amabilidade incomensurável do Pai. Contemplando Jesus experimentamos que somos amados por Deus. Jesus é Deus que se oferece por mim.
Mais ainda, Jesus nos chama a estar nele. A nossa realidade humana se torna fecunda na comunhão com Jesus e entre nós: " Viremos e faremos nele a nossa morada!" E o mesmo João nos exorta: "...sabereis que eu sou no meu Pai, vós em mim, e eu em vós. Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele" (jo 14, 20-21).
Se estamos em Deus, a nossa vida não pode ser outra senão a manifestação da fraternidade. Sabendo-nos amados por Deus, podemos amar uns aos outros.
A revelação do mistério amoroso de Deus em Jesus - verbo feito carne - se dá na perspectiva e na realidade do serviço, É no esvaziamento que Jesus revela a glória de Deus. Ele se levanta da mesa, depõe o manto e começa a servir: " Se eu, o Senhor mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós" (jo 13, 14-15).
Guardar a palavra de Jesus, ser discípulos da palavra - feita carne que habita entre nós -, significa tornar nossas atitudes capazes de manifestar a transparência da sua presença em nosso meio.

Fonte: Dom Geraldo Majella Agnelo
Cardeal arcebispo de Salvador


*trecho extraído de: www.alterchristus.com