A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo,
conhecida popularmente
como “Corpus Christi”, começou a ser celebrada há
mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido
alargada à Igreja universal pelo Papa Urbano IV através
da bula “Transiturus”,
em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo
Concílio de Vienne (França)e pelo Papa João XXII,
respectivamente. Nos primeiros
séculos, a Eucaristia era adorada publicamente,
mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A
conservação da hóstia consagrada fora prevista,
originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.
Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido
mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo
à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração
da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da
consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se
fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do
Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de
Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passa
r dos anos tornou-se a mais importante.
Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma
festa da realeza de Cristo, na “Chirstianitas” medieval, em que
a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.
A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento
memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações
ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor
Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo.
Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo,
tendo desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de Julho.
A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada
pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que
“onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar
publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se
uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do
Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1).
conhecida popularmente
como “Corpus Christi”, começou a ser celebrada há
mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido
alargada à Igreja universal pelo Papa Urbano IV através
da bula “Transiturus”,
em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo
Concílio de Vienne (França)e pelo Papa João XXII,
respectivamente. Nos primeiros
séculos, a Eucaristia era adorada publicamente,
mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A
conservação da hóstia consagrada fora prevista,
originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.
Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido
mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo
à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração
da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da
consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se
fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do
Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de
Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passa
r dos anos tornou-se a mais importante.
Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma
festa da realeza de Cristo, na “Chirstianitas” medieval, em que
a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.
A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento
memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações
ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor
Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo.
Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo,
tendo desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de Julho.
A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada
pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que
“onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar
publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se
uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do
Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1).
Detalhando o início da Solenidade
Primeiras devoções
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento
Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada
em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu
origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo
a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos
sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana
Primeiras devoções
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento
Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada
em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu
origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo
a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos
sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia,
foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em
Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e
foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu,
fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade.
Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses
e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao
Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse
uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter
intensificado por uma visão que teve da Igreja que significaria
a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete,
o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais
tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón,
nessa época arquidiácono de Lieja, mais tarde ao Papa Urbano IV.
As primeiras festas locais
O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo
os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas
dioceses, em 1246 ordenou que a celebração fosse
feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa
ordenou, que um monge de nome João escrevesse
o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado
em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto
com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem,
já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi
celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira
posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo
alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em
Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e
foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu,
fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade.
Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses
e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao
Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse
uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter
intensificado por uma visão que teve da Igreja que significaria
a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete,
o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais
tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón,
nessa época arquidiácono de Lieja, mais tarde ao Papa Urbano IV.
As primeiras festas locais
O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo
os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas
dioceses, em 1246 ordenou que a celebração fosse
feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa
ordenou, que um monge de nome João escrevesse
o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado
em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto
com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem,
já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi
celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira
posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo
alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
Milagres motivadores
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto,
um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está
Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena:
um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a
Consagração fosse algo real, no momento de partir a Sagrada Forma,
viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal.
A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264.
Hoje se conservam os corporais - onde se apóia o cálice e a patena
durante a Missa - em Orvieto, e também se pode ver a pedra do
altar em Bolsena, manchada de sangue.
A Proclamação da Solenidade
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto,
um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está
Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena:
um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a
Consagração fosse algo real, no momento de partir a Sagrada Forma,
viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal.
A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264.
Hoje se conservam os corporais - onde se apóia o cálice e a patena
durante a Missa - em Orvieto, e também se pode ver a pedra do
altar em Bolsena, manchada de sangue.
A Proclamação da Solenidade
PAPA URBANO IV
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos,
faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja
por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano,
fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e
outorgando muitas indulgências a todos que asistirem
a Santa Missa e o ofício.
faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja
por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano,
fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e
outorgando muitas indulgências a todos que asistirem
a Santa Missa e o ofício.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV
encarregou um ofício a São Boaventura e a Santo Tomás
de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta
o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando
o seu em pedaços.
encarregou um ofício a São Boaventura e a Santo Tomás
de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta
o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando
o seu em pedaços.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264),
um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou
a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o
assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311),
ordenou mais uma vez a adoção desta festa.
Em 1317 é promulgada uma recompilação
de leis - por João XXII - e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo
como um aspecto da celebração. Porém estas procissões
foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e
Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adotaram
em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da
Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos
outros países a solenidade era celebrada no domingo
depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida
nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas
e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa
e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume,
que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado
este excelso e venerável sacramento com singular veneração
e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em
procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos
expressam sua gratidão e memória por tão inefável e
verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz
novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte
e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
Agência Ecclesia e ACI Digital
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